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Google lança Doppl: a IA que veste o cliente antes da compra

App do Google Doppl mostra o futuro da moda — e os lojistas precisam se preparar

O app do Google Doppl, disponível oficialmente apenas nos Estados Unidos e, até o momento, sem previsão de chegada ao Brasil, já indica com clareza para onde o varejo de moda está caminhando. Ignorar essa inovação, portanto, é como ter ignorado o e-commerce há 10 anos.

Com o avanço da inteligência artificial aplicada à moda, o consumidor passa a experimentar roupas de forma virtual — com caimento, simulação e visualização realista — antes mesmo de comprar.

Imagine o seu cliente visualizando uma calça ou vestido no corpo, com realismo e movimento, direto do celular — antes mesmo de perguntar o preço. Isso não é mais ficção: é o novo varejo.

Esse movimento sinaliza que vender roupas online não será mais apenas sobre preço e entrega. Agora, o foco está em experiência, personalização e conveniência, e os lojistas precisam se adaptar para não perder espaço.

O varejo já mudou: Doppl, WhatsApp, TikTok na jornada de compra moderna

É importante entender que o aplicativo Google Doppl não está sozinho nessa revolução. Ele é mais uma peça no avanço da moda digital interativa, ao lado de tecnologias que já fazem parte da rotina dos varejistas mais atualizados, como WhatsApp Business e TikTok Shop.

Essas ferramentas já estão moldando o novo comportamento de compra:

  • O WhatsApp é mais do que um canal de atendimento — é um ponto de venda ativo, que acompanha toda a jornada do cliente, do interesse ao pós-venda.
  • O TikTok Shop transformou vídeos em vitrines digitais. Plataformas como essa se tornaram estratégicas para alcançar a Geração Z, com conteúdo autêntico e vendas ao vivo, como aponta o eMarketer.

Ou seja, a tecnologia já está no dia a dia do consumidor brasileiro. E marcas que se adaptam a esse cenário saem na frente — não no futuro, mas agora.

A nova experiência de compra já está sendo testada lá fora. E, apesar do app do Google Doppl ainda não estar disponível no Brasil, o país chega logo em seguida. Se sua loja quer estar entre as primeiras a acompanhar essa virada, o momento de agir é agora.

Antes de adotar tecnologia, entenda a dor que precisa resolver

É comum que lojistas se sintam pressionados a “seguir a tendência”, especialmente quando se fala em inteligência artificial. Mas, antes de qualquer investimento, é preciso fazer uma pausa estratégica:

  • Qual é a dor que sua loja vive hoje?
  • O que precisa ser transformado de verdade sem seus processos ou resultados?
  • Essa tecnologia realmente ajuda você a resolver um problema real do seu negócio?

Buscar soluções sem clareza sobre os desafios leva ao desperdício de tempo e dinheiro. Portanto, o caminho certo é entender primeiro que problema resolver, por que é importante resolvê-lo e se a tecnologia em questão é a solução adequada neste momento.

Como afirma Brian Solis, especialista global em inovação digital e comportamento digital, as primeiras impressões dos consumidores sobre uma marca frequentemente vêm de outros consumidores que compartilham experiências online. O acúmulo dessas experiências compartilhadas, diz Solis, significa que as marcas precisam prestar mais atenção do que nunca na experiência do cliente, nas suas jornadas e nas relações que eles cultivam.

Nesse cenário, a tecnologia não é mais um fim, mas um meio para criar experiências memoráveis. As marcas que vencerão no futuro são aquelas que constroem vínculos emocionais e visuais com seus clientes, especialmente no ambiente digital

Google lança Doppl: frase

Ou seja, não é a ferramenta que vem primeiro — é a dor que precisa ser resolvida com inteligência e propósito. A tecnologia certa, aplicada no momento certo, pode transformar o varejo de moda de forma escalável e relevante.

Como o app do Google Doppl funciona

O app do Google Doppl foi desenvolvido no Google Labs como um experimento de vanguarda. Funciona assim: o usuário envia uma foto de corpo inteiro e seleciona uma peça de roupa — que pode estar no celular ou ser uma imagem da internet. A IA, então, sobrepõe digitalmente a peça na imagem e transforma essa simulação em vídeo animado.

Dessa forma, o Doppl oferece uma experiência imersiva e realista, simulando não só o caimento como o movimento das peças. Para o lojista, isso significa menos devoluções e decisões de compra mais assertivas.

Além disso, é uma resposta direta ao desejo crescente por experiências digitais que se aproximem do mundo físico — mas com a agilidade e a conveniência do ambiente online.

Provadores virtuais: um mercado em expansão — e sua loja pode se beneficiar

Segundo a Grand View Research, o mercado de provadores virtuais deve atingir US$46,42 bilhões até 2030, com um crescimento médio anual de 26,4% entre 2024 e 2030. Esse avanço é impulsionado principalmente por varejistas que buscam escalar sem abrir novas lojas físicas. A tecnologia permite vender mais, reduzir custos e atender clientes em qualquer lugar do país — ou do mundo.

Marcas como Zara e Nike já investem em provadores virtuais e realidade aumentada para aprimorar a experiência do cliente e reduzir devoluções, sinalizando que o futuro do varejo de moda passa por essas inovações. 

Embora o app do Google Doppl ainda não tenha sido integrado por grandes varejistas nos Estados Unidos — até o momento, não há registros de marcas utilizando o Doppl de forma oficial em seus e-commerces ou lojas físicas —, ele representa um sinal claro da direção que a moda está tomando. Isso porque o aplicativo, disponível apenas como experimento dentro do Google Labs, foi lançado com foco exclusivo no consumidor final, sem parcerias comerciais anunciadas.

No Brasil, essa tendência pode ganhar força por meio de startups que já desenvolvem tecnologias semelhantes, como a GlamAI, além de potenciais interações futuras com marketplaces como Mercado Livre, Amazon ou plataformas de fidelização e CRM.

Contudo, é importante manter o olhar crítico. Ferramentas como o Doppl ainda enfrentam desafios técnicos, como falhas na simulação de caimento e movimento, além de possíveis distorções de cor e proporção. Sem contar que o envio de fotos de corpo inteiro gera preocupações legítimas quanto à privacidade e ao uso de dados dos consumidores.

Por isso, acompanhar essas tendências é essencial — mas com cautela, planejamento e atenção aos fornecedores. Afinal, a tecnologia precisa resolver problemas reais com segurança, propósito e valor percebido.

Como preparar sua loja para a revolução digital no varejo de moda

Mesmo que o app do Google Doppl ainda não esteja disponível no Brasil, você pode — e deve — começar a se preparar. Aqui estão ações práticas:

  • Invista em fotos e vídeos de qualidade. Isso facilitará o uso de provadores virtuais no futuro.
  • Enriqueça as descrições dos produtos. Informações claras sobre tecidos, medidas e modelagens reduzem devoluções.
  • Organize seu catálogo digital.. Um bom cadastro é pré-requisito para qualquer integração futura.
  • Capacite sua equipe. Não adianta ter tecnologia se o time não sabe usá-la.
  • Fique atento às novidades. Participe de eventos, leia conteúdos especializados e experimente ferramentas em fase beta.

Checklist: Sua loja está pronta para a nova era digital?

Google lança Doppl: Sua loja está preparada?
  • Tenho fotos de produtos com múltiplos ângulos e boa iluminação?
  • Meus cadastros estão organizados, com medidas, tecidos e caimento?
  • Uso WhatsApp como canal de venda e relacionamento?
  • Já explorei vendas por redes sociais como Instagram ou TikTok?
  • Estou acompanhando tendências tecnológicas do varejo? 

Se você marcou 3 ou mais, já está no caminho certo! Se não, é hora de agir.

Conclusão: o app do Google Doppl é só o começo — sua loja está pronta?

O app do Google Doppl não é apenas uma inovação tecnológica. Ele é um marco de transformação no varejo de moda. Ele representa o início de uma era em que experiência, interatividade e personalização são indispensáveis.

Lojistas que entenderem isso hoje estarão mais próximos de conquistar um consumidor que quer ser surpreendido — mesmo na hora de comprar uma camiseta.

Quem não se adaptar agora corre o risco de perder espaço para concorrentes mais tecnológicos e conectados. A transformação já está acontecendo — e ela não espera por quem demora a agir.

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